Vitrificação
Preservar a fertilidade, congelando o tempo, é possível.
História da Vitrificação
A história da Vitrificação começa com os avanços da criobiologia e da criopreservação de células e tecidos. A criopreservação é o processo de congelamento e armazenamento de células ou tecidos a temperaturas extremamente baixas para utilização posterior. Durante muito tempo, a criopreservação de ovócitos foi um desafio devido à sensibilidade destas células e à sua estrutura interna.
Em 1980, foram desenvolvidas técnicas de criopreservação utilizando uma técnica designada por congelação lenta. No entanto, esta técnica apresentava desafios em termos de formação de cristais de gelo, que podiam danificar os ovócitos e diminuir a sua viabilidade após a descongelação. Esta formação de gelo deveu-se ao facto de os ovócitos serem células grandes e cheias de água que, ao congelar lentamente, geravam estes cristais que podiam perfurar as membranas celulares e danificar as estruturas internas, afetando a sua viabilidade.
Foi no início dos anos 2000 que a técnica de Vitrificação começou a ser introduzida nas clínicas de reprodução assistida, revolucionando não só a criopreservação de ovócitos, mas também a forma de trabalhar dentro e fora do laboratório.
A Vitrificação evitou a formação de cristais de gelo, minimizando completamente os danos celulares. Além disso, permite proteger os ovócitos durante o processo graças a um arrefecimento ultrarrápido, o que permitiu melhorar as taxas de sobrevivência e de viabilidade dos ovócitos após a descongelação.
O que é a Vitrificação?
Em todos os nossos laboratórios vitrificamos os ovócitos e os embriões dos nossos pacientes utilizando o método Kitazato Cryotop.
A Kitazato é uma das empresas líderes mundiais na investigação, desenvolvimento e fabrico de produtos médicos e biotecnológicos para a reprodução humana assistida.
Entre as suas contribuições mais notáveis para o domínio da reprodução assistida conta-se o desenvolvimento do Método Cyotop. Este método inovador não só popularizou a revolucionária técnica de vitrificação de ovócitos e embriões, como também assegurou a sua implementação a uma escala global. Ao longo da última década, milhares de profissionais depositaram a sua confiança nos resultados excecionais oferecidos pelo Método Cryotop, consolidando-o como líder incontestável no mercado da criopreservação de gâmetas humanos.
Esta técnica permite-nos congelar ovócitos e embriões de forma ultrarrápida. Além disso, permite-nos preservar os ovócitos e os embriões, mantendo a sua viabilidade e capacidade de fertilização para o seu futuro, no caso dos ovócitos.
Para a Vitrificação, os ovócitos são submetidos a baixas temperaturas para preservar as suas propriedades até ao momento da descongelação, evitando a formação de cristais de gelo, que poderiam causar danos às células. Este facto torna-o o método mais avançado de congelação de ovócitos.
Como é que a Vitrificação funciona?
A Vitrificação é um processo pelo qual basicamente congelamos os ovócitos muito rapidamente.
Para o processo de Vitrificação, os ovócitos são primeiramente submetidos a líquidos crioprotetores, que atuam como uma esponja, absorvendo a água no interior da célula e preenchendo o vácuo deixado pela água com o líquido crioprotetor. Desta forma, os cristais de gelo nunca se formarão porque não haverá água no interior da célula.
Os ovócitos passam por três tipos de fluidos crioprotetores antes de serem congelados. O primeiro produz uma desidratação inicial e o segundo e o terceiro são utilizados para terminar a desidratação do ovócito e evitar qualquer risco de permanência de água no interior da célula.
Uma vez que o ovócito tenha passado pelos líquidos crioprotetores, o Cryotop é utilizado para depositar o ovócito ou o embrião por cima, uma vez que a forma do Cryotop minimiza a quantidade de meio crioprotetor necessário e facilita a congelação ultrarrápida através da introdução da célula no azoto.
Concretamente, com a Vitrificação conseguimos criopreservar os ovócitos desde a temperatura ambiente até -196ºC num segundo, ou seja, atingimos uma velocidade de congelação de -23.000ºC por minuto.
A Vitrificação provou ser um sistema revolucionário no campo da Medicina Reprodutiva porque, embora seja utilizada para criopreservar ovócitos e embriões, o principal desafio estava neste último, uma vez que um embrião é constituído por muitas células e, mesmo que uma delas não sobreviva à congelação, o embrião continua a ser viável, enquanto o ovócito é uma única célula grande.
Este processo é utilizado em diferentes situações, com o objetivo comum de adiar a fertilização dos ovócitos e/ou a gravidez. Para além disso, podem ser criopreservados durante o tempo que a paciente desejar ou necessitar, sem limite de tempo estabelecido.
Vantagens da Vitrificação
A vitrificação oferece várias vantagens significativas em relação aos métodos tradicionais de congelação.
- Elevada taxa de sobrevivência. Foi demonstrado que a Vitrificação tem uma taxa de sobrevivência de cerca de 90%. A congelação rápida impede a formação de cristais de gelo que podem danificar as células, resultando num aumento da viabilidade e da capacidade de fertilização dos ovócitos.
- Preservação da fertilidade: A Vitrificação oferece às mulheres a possibilidade de preservarem a sua fertilidade para o futuro. Os ovócitos vitrificados podem ser armazenados durante longos períodos de tempo sem perderem a sua qualidade, proporcionando uma maior flexibilidade no momento da conceção.
- Preservar a fertilidade após a quimioterapia. A quimioterapia pode ter efeitos na fertilidade da mulher, como a destruição dos folículos ováricos, a alteração do processo de maturação dos ovócitos e/ou a redução da qualidade dos mesmos. É por esta razão que é aconselhável vitrificar os ovócitos antes de iniciar um tratamento como este, a fim de preservar a fertilidade das pacientes.
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